Acidente Vascular Cerebral e AIT recorrente
A ocorrência de um acidente vascular cerebral aumenta o risco dum acidente vascular cerebral subsequente em até 10 vezes.
O risco de acidente vascular cerebral recorrente é maior durante os primeiros 6 meses após um acidente vascular cerebral agudo (Quadro Abaixo). As causas mais comuns de acidente vascular cerebral recorrente incluem o tabagismo, a hipertensão, a diabetes, as doenças cardíacas tais como o EM, as doenças reumatológicas auto-imunes e a homocisteinémia. Os acidentes vasculares cerebrais silenciosos da substância branca observados na TAC são mais comuns nos fumadores e em pessoas com hipertensão mal controlada ou diabetes, e esses doentes devem ser considerados como de alto risco para um acidente vascular cerebral clinicamente significativo. Os doentes que tiveram um acidente vascular cerebral prévio têm uma probabilidade 4 vezes maior de terem outro acidente vascular cerebral após um EM agudo.
Risco de acidente vascular cerebral recorrente
- Fibrilhação auricular
- Doenças reumatológicas auto-imunes
- Tabagismo
- Coagulopatias
- Doença coronária (aterosclerose difusa, progressiva) Diabetes mellitus
- Cardiomiopatia dilatada
- História de acidente isquémico transitório Homocisteinémia
- Hipertensão (não identificada ou mal controlada)
- Trombos intra-cardíacos
- Prótese valvular cardíaca
- EM recente
Os AITs são precursores do acidente vascular cerebral, tendo um risco de acidente vascular cerebral de 8% no primeiro mês após o primeiro sinal de alerta; o risco sobe para 13% durante o primeiro ano. Nos doentes com uma estenose carotídea superior a 70%, a taxa de acidente vascular cerebral aumenta para mais de 40% em 2 anos. Estima-se que 35% das pessoas com um AIT irão ter um acidente vascular cerebral dentro de 5 anos. Os AITs são considerados mais perigosos se apresentarem um padrão em crescendo.
A etiologia dos AITs ou dos acidentes vasculares cerebrais recorrentes pode ser determinada pelo seu padrão — bilateral, no mesmo ou noutro território vascular, sintomas estereotipados, doença de pequenos vasos versus doença de grandes vasos, arritmia cardíaca concomitante ou doença valvular e uma história de trombose venosa periférica.